Quando deparei com a referência a esta borboleta, vi que é considerada uma das mais belas borboletas noturnas jamais vistas. É a Stigmella aurella, ou vulgarmente «nepticule» (em francês), e está presente no território português. Foi descrita pela primeira vez em 1755. É minúscula, tem (no máximo) 3 a 7 milímetros apenas de comprimento. A sua beleza é tão apreciada que não resisti a deixar aqui a sua fotografia (um pouquinho aumentada, claro…).
A revista La Hulotte (que tem dezenas de milhares de assinantes em França, e de que falarei neste diário com mais detalhe um dia, dedicou-lhe o número mais recente (115, segundo semestre de 2023). O seu habitat preferido são os maciços de silvas, planta pouco apreciada dos horticultores e jardineiros. No entanto, vi quase ao mesmo tempo noutra revista (de jardinagem e agricultura biológica) esta apreciação sobre os silvados, no final de uma nota que instruía sobre a melhor maneira de se livrar deles: Não hesitem em conservar alguns pés de silvas nas margens do vosso terreno: para já não falar dos frutos deliciosos, elas proporcionam refúgio às aves e têm um merecido lugar nas sebes dos campos.